Nossa família nunca teve muitas condições financeiras, então buscar uma profissão sólida que me pudesse primeiramente aliviar e contribuir nas despesas de casa era um questão de sobrevivência! E assim foi feito, primeiramente auxiliando meu pai em atividades que rendessem algum dinheiro. Depois servindo o Exército, sendo vigilante noturno e ao final, conseguindo entrar na Polícia Militar. Durante o período de Academia, obtive muitos ensinamentos, muitas arguras para vencer, mas também muitos bons momentos na caserna. Não há do que eu possan me queixar, quem sabe até poderia repetir tudo novamente! Já como Aspirante-à-Oficial assumi uma das funções que praticamente me marcaram a carreira: Relações Públicas. O então Comandante do 2º BPM, Tenente Coronel Flávio Luis Pansera viu que eu poderia, pela minha desenvoltura de lidar com as pessoas, ser um elo entre a Coprorção local e a comunidade e imprensa. Consegui desenvolver com êxito esta missão e carreguei comigo tudo o que aprendi. Aprendi que a PMSC precisa estar sempre e cada vez mais próxima da população, onde esta proximidade agrega muitos conhecimentos, troca de informações e principalmente, oportuniza o surgimento de soluções que nem sempre se consegue ter atuando sozinho. Ao longo da carreira, servi em poucos lugares se levarmos em conta que nosso Estado possui 295 municípios. Trabalhei em Chapecó, Curitibanos, Balneário Camboriú, Jaraguá do Sul, Itapema, Navegantes e Blumenau. Sete cidades com características diferentes e que me propiciaram crescer como indivíduo tanto como profissional da área de Segurança Pública quanto no Esporte. Carrego comigo muito carinho por todas as cidades em que tive a oportunidade de trabalhar. Mas sou obrigado a reconhecer que trabalhar em Blumenau é o ápice da minha carreira, não tão somente pelos Postos e Cargos ocupados, mas porquê em Blumenau eu me encontrei! Achei a cidade que me fez voltar ao passado, primeiro por ser ela a cidade que eu almejava ser transferido quando declarado Aspirante. Segundo, que pela cultura alemã me levou as origens do meu sobrenome SCHMIDT, me incentivando a buscar a dupla cidadania alemã que consegui no ano de 2019, bem no meu aniversário de 50 anos, para mim, meus filhos e meu irmão. No comando do 10º BPM, em Blumenau, consegui liderar a Tropa, Oficiais e Praças, de um jeito que tudo o que planejávamos dava certo. Ampliamos a Rede de Vizinhos, instituímos a Rede Catarina em defesa da mulher vítima de violência, criamos a CPT – Companhia de Policiamento Tático, fomos um dos principais atores para a implantação de um Colégio Policial Militar na cidade, revitalizamos espaços internos no Quartel, renovamos a frota do Batalhão, valorizamos o nosso público interno e o principal: conseguimos, todos juntos, reduzir a criminalidade por quatro anos sucessivos, algo que foi custoso e ao mesmo tempo diferenciado na percepção da população que passou a ter mais orgulho de sua Polícia Militar.